terça-feira, 3 de novembro de 2009
DAVI UNIFICA O REINO DE ISRAEL/EBD.
Davi unifica o Reino de Israel – II
I – INTRODUÇÃO:
• Da mesma forma como Davi unificou o Reino de Israel, deve a Igreja lutar para que haja união no meio do povo do Senhor. Esta luta é de grande valor e importância, porque a união é um testemunho diante do mundo, um estímulo para o crescimento da obra de Deus e uma força indispensável para a Igreja.
II – UM PEQUENO HISTÓRICO DAS CONQUISTAS DE DAVI VISANDO A UNIDADE:
• (1) – Davi estabeleceu seu quartel-general em Hebrom, onde foi ungido rei, reinando por sete anos e meio sobre a tribo de Judá (II Sm 2:1-11).
• (2) – O conflito entre a casa de Saul e a casa de Davi perdurou até o extermínio total da casa de Saul; foi somente então que Davi se tornou rei de toda a nação de Israel (II Sm 2:8 – 5:5).
• (3) – Davi capturou a cidade de Jerusalém, que se tornou capital do reino inteiro; isso ajudou a produzir unidade entre as porções norte e sul do reino.
• (4) – Davi derrotou, de modo decisivo, os filisteus, os amonitas, os idumeus, os moabitas, os arameus e os amalequitas, estabelecendo-se um império substancial (II Sm 5:17-25; 8:10; 12:26-31; 21:15-22; I Cr 18:1).
• (5) – Davi estabeleceu as cidades dos levitas, incluindo as cidades de refúgio, confirmando a legislação anterior e garantindo as funções dos levitas (Nm 35; Js 21).
• (6) – As seis cidades de refúgio tornaram-se uma instituição funcional, devido aos esforços de Davi. Havia quarenta e oito cidades levíticas, dotadas de significativa função.
• (7) – Jerusalém tornou-se o centro religioso da nação. A arca da aliança foi trazida. Esse evento foi muito significativo, por haver conferido a Jerusalém a autoridade de centro da fé religiosa de Israel (II Sm 6:11-15; I Cr 4:5, 15, 19).
• (8) – Davi estabeleceu a música sacra. Ele era um musicista consumado e anelava por melhorar o aspecto musical do culto divino (I Sm 16:14-23).
• (9) – Davi teve o intuito de edificar o Templo que melhor servisse de centro ao culto divino. Porém, Deus não o permitiu, por ser homem de guerra. Davi reuniu material e traçou planos para a construção, mas foi Salomão, seu filho, quem erigiu o templo de Jerusalém (II Sm 7; I Cr 17).
• Assim, por meio de todas estas conquistas, Davi foi capaz de abafar as disputas tribais e familiares, produzindo um grande laço entre o povo como um todo.
III – O INIMIGO PROCURA ATACAR E DESFAZER A UNIÃO ENTRE O POVO DE DEUS:
• Para que em nossos dias possamos vigiar e combater as desuniões que apareçam, vamos conhecer ALGUNS OBSTÁCULOS COM QUE O DIABO PERTURBOU A IGREJA PRIMITIVA PARA PREJUDICAR A UNIÃO.
• OBSERVAREMOS TAMBÉM QUE O ESPÍRITO SANTO PROPORCIONOU COMPLETA VITÓRIA AO POVO DE DEUS ALI, POIS PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, A IGREJA ALCANÇA UMA UNIÃO TÃO REAL QUE A TORNA FORTE:
- (1) – MURMURAÇÃO – At 6:1 – Podia ter trazido consequências ainda mais graves. Porém o Espírito Santo deu a Pedro uma orientação valiosa: A escolha de sete diáconos, que cooperaram para que as causas da murmuração fossem eliminadas e a Igreja prosseguisse (At 6:2-7).
- (2) – A DISCÓRDIA DOUTRINÁRIA – At 15:1 – Aconteceu porque uma parte dos crentes (que antes da sua conversão era constituída de judeus praticantes de todos os ritos da lei) queria obrigar os demais (que antes eram gentios), a cumprirem as normas do judaísmo. Presente perturbação anunciava dividir a Igreja em duas facções. Porém, o Espírito Santo operou maravilhosamente: todos os envolvidos na questão se reuniram em Jerusalém e, por iluminação do Espírito Santo e da Palavra de Deus houve luz sobre a questão e o resultado foi maravilhoso (At 15:13-21, 28)
- (3) – O ESPÍRITO DE PARTIDARISMO – (I Cor 1:10, 12) – Os crentes queriam escolher seus ministros por simpatia pessoal! Mas também aqui o Espírito Santo deu orientação adequada aos ministros da Igreja, os quais fizeram com que os crentes compreendessem que um ministro é simplesmente um servo de Deus, de quem havia recebido a palavra e crido (I Cor 3:4). A única pessoa unificante é Jesus e Ele jamais pode ser dividido (I Cor 1:13).
- (4) – O FANATISMO – Cl 2:4, 8, 18 – Apareceram pessoas procurando promover a si mesmas, por meio de supostas revelações e visões de anjos, pelas quais procuravam enganar, tornar os demais crentes prisioneiros deles, dominando-os a seu bel-prazer, sob pretexto de santidade. O mesmo perigo ameaçava também a Igreja em Tiatira, onde uma parte dos crentes fiéis se sentiram tristes e injuriados por causa desses fanáticos (Apc 2:24). Paulo deu à Igreja em Colosso maravilhosas instruções a respeito disso – (Cl 2:19)
- (5) – AS PESSOAS QUE ATRAEM OS DISCÍPULOS APÓS SI – (At 20:31) – representam um perigo muito grande para a união na Igreja, pois causam divisões (Jd 19). Este tipo de gente é realmente uma casta perigosa. São pessoas mal intencionadas que, em lugar de pensarem na união da Igreja, procuram fazer de si mesmas “líderes”, para mais tarde ajuntarem em torno deles um grupo. São exemplos deste tipo de homens:
- (A) – Absalão (I Sm 15);
- (B) – Coré (Nm 16); e
- (C) – Teudas (At 5:36)
- Milhares de anos após a sua morte, estes homens continuam como um sinal vermelho de advertência, para alertar a todos do perigo de entrarmos no caminho que eles trilharam (Sl 105:15; I Cor 3:17). Sejamos, pois, zelosos com a querida Igreja do Senhor (Ef 4:3).
IV – BÊNÇÃOS DECORRENTES DA UNIÃO:
- OS CRENTES SENTEM APOIO ESPIRITUAL – Muitos crentes vivem cercados de pessoas que são contrárias à sua fé: seja no trabalho, na escola ou na família. Que riqueza então é chegar à Igreja e encontrar o ambiente fraternal e a união que predomina entre os irmãos (Sl 133:1-2)
- NA IGREJA LEVAMOS AS CARGAS UNS DOS OUTROS – Gl 6:2 – Existem cargas que cada um tem de levar sozinho (Gl 6:5). Mas existem cargas que podemos ajudar uns aos outros. Que bênção na hora de aperto, saber que a Igreja pode ajudar em oração! (Pv 17:17; Ec 4:10; I Cor 12:26; Tg 5:16)
- A UNIÃO NOS FAZ FORTES – Uma ovelha sozinha é facilmente arrebatada, mas quando está com o rebanho, é protegida. Uma pedra sozinha pode ser levada ou jogada, porém, quando estiver edificada dentro do muro, é mais difícil tirá-la (I Pe 2:4-5). Uma brasa sozinha, isolada, facilmente pode se apagar, mas junto com as outras, manterá o fogo aceso. Uma vara sozinha pode ser quebrada, mas amarrada ao feixe, ninguém a quebrará.
- UMA IGREJA QUE VIVE EM UNIÃO TEM UM TESTEMUNHO MARAVILHOSO – Jo 13:35; 17:21, 23 – Enquanto o ódio e a desunião dominam o mundo de hoje, existe um povo que vive em verdadeira união: A Igreja comprada com o sangue de Jesus.
- ESTA UNIÃO É UMA VERDADEIRA FORÇA – Os judeus numericamente inferiores aos seus inimigos, mas com união, conseguiram construir o templo e os muros da cidade (Ne 6:15-16). Esta união é também o segredo da vitória da Igreja. O santo óleo desce da cabeça do Sumo Sacerdote Jesus Cristo e os crentes vivem em união. (Jo 17:22) – SEJAMOS POIS UM, ASSIM COMO O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO SÃO UM (I Jo 5:7 cf Ec 4:12)
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- A IGREJA JAMAIS PODERÁ SER DIVIDIDA (Mt 19:6). A Igreja é UM corpo; este não pode ser dividido nem cortado e permanecer com vida (I Cor 1:13). Mesmo os carrascos romanos que crucificaram Jesus respeitaram o Seu corpo, não o quebrando (Jo 19:33-36).
- A Igreja é UMA UNIDADE na qual todos os membros são formados em UM CORPO (I Cor 12:13); nós nos tornamos membros de UM ORGANISMO VIVO (Rm 12:5); Todos nós somos pedras vivas do mesmo EDIFÍCIO (I Pe 2:4-5), ovelhas do mesmo REBANHO (Sl 79:13; I Pe 5:2-30). A Igreja é A FAMÍLIA DE DEUS (Ef 2:12-19).
- Esta união não se baseia em nacionalidade, nível social ou cultural, mas todos são UM EM CRISTO (Gl 3:28).
FONTES DE CONSULTA:
- Teologia Sistemática – CPAD – Eurico Bergstén
- Estudo bíblico: “A unidade no reino de Deus” – Pastor Ronaldo Perini
- Estudo Bíblico: “A unidade para o crescimento da igreja” – Pastor José Pinto de Oliveira Filho
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA – NITERÓI – RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 06 – DIA 08/11/2009
TÍTULO: “DAVI UNIFICA O REINO DE ISRAEL”
TEXTO ÁUREO – II Sm 3:9-10
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Sm 16:12-13; II Sm 5:2
Davi unifica o Reino de Israel – I
Posted: 02 Nov 2009 04:00 AM PST
Texto Áureo: II Sm. 3.9,10 – Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.1,12,13; II Sm. 5.2
Objetivo: Destacar que a coração de Davi sobre Israel, além de cumprir as profecias que vaticinam esse episódio, revelam o propósito de Deus em estruturar e organizar a nação.
INTRODUÇÃONa aula de hoje atentaremos para a atuação divina na unificação do reino de Israel. Inicialmente, refletiremos a respeito da trágica morte de Saul e suas conseqüência para o reino. Em seguida, destacaremos o papel de Davi na concretização dos planos de Deus. Ao final, veremos que os planos de Deus se cumprem de acordo com os propósitos que Ele mesmo estabeleceu, apesar das falhas e limitações humanas.
1. A TRÁGICA MORTE DE SAUL capítulo 31 do I livro de Samuel registra a trágica morte de Saul. Os filhos do rei são os primeiros a morrerem na batalha. Ao perceber a morte iminente, Saul deseja que seu escudeiro ponha fim à sua vida. Como esse se nega a fazê-lo, Saul, num ato de total desespero e para não ser humilhado pelos filisteus, lança-se sobre sua espada. Para o rei, seria preferível morrer a ser capturado pelos inimigos. Em decorrência da morte de Saul, houve uma dispersão do povo israelita, tornado mais fácil a ocupação das terras pelo exército filisteu. Esses festejaram a vitória sobre o rei de Israel adorando seus deuses e dedicando as armas de Saul no templo de Astarote. Esse deus, na concepção daquele povo, havia triunfado sobre o Deus de Israel. Na celebração, o corpo decapitado de Saul fora dependurado e exposto no muro da cidade de Bete-Seã. Em lealdade a Saul, e mesmo correndo riscos, os habitantes de Jabes-Gileade retiraram o corpo de Saul e de seus filhos da condição na qual se encontravam e levaram para Jabes-Gileade e os queimaram naquele local. Posteriormente os restos mortais de Saul e seus filhos foram levados para o túmulo da família (II Sm. 21.12-14). A vida de Saul, conforme lemos nessa passagem da Bíblia, tem um final trágico. Na verdade, esse rei tornou-se um exemplo de fracasso, um modelo a ser evitado. Saul contribuiu muito para sua ruína, pois se negou peremptoriamente a reconhecer que não mais era o escolhido de Deus. A obstinação o conduziu a todas as manobras possíveis a fim de permanecer no comando, ainda que essa não fosse à vontade do Senhor.
2. DAVI ASSUME O TRONO DE ISRAELEm II Samuel 2, lemos a respeito da ascensão de Davi ao trono. A situação geral de Israel era de fragmentação, pois faltava ao povo uma liderança que fosse capaz de unir o país. Então Davi consultou ao Senhor, demonstrando, assim, que, diferentemente de Saul, não confiava em seus próprios pensamentos. O Senhor orientou Davi para que seguisse rumo a Judá. No capítulo 5, Davi faz uma aliança com Israel e unifica o reino. Esse acordo fora feito no modelo de pastorado, considerando que a função primordial do rei deveria ser apascentar o povo de Deus. Tal atitude evitaria que o reinado fosse conduzido por meio da opressão, comum na monarquia (I Sm. 8.10-18). Por essa época Davi tinha 30 anos de idade, momento ideal para assumir essa responsabilidade (Nm. 4.3; Lc. 3.23). Antes disso, Davi precisou passar por algumas situações sombrias, dentre elas destacamos: 1) desenvolveu uma falsa segurança, já que Saul havia desistido de persegui-lo (I Sm. 27.4), e, justamente em conseqüência disso; 2) passou a viver entre os adversários de Israel, justamente em Gate, terra de Golias, submetendo-se a Aquis, sendo chamado de seu servo (I Sm. 27.6-7); e para conviver bem entre eles, 3) adotou uma atitude de tolerância, assumindo todas as práticas com naturalidade (I Sm. 29.1). Para tanto, vivia em duplicidade, isto é, de forma ambígua, e, se fosse o caso, mentia a fim de proteger preservar sua vida (I Sm. 27.11,12), perdeu sua identidade, não mais tinha relação com seu povo e sua pátria, não mais sabia a quem deveria satisfazer (I Sm. 29.8), por esse motivo, perdeu também a satisfação própria e caiu em angústia e depressão (I Sm. 30.1-4).
3. OS PLANOS DE DEUS SE CUMPREMApesar de suas falhas, os planos de Deus se cumpriram na vida de Davi. Após os anos difíceis no exílio, resultante também da morte de Saul, Davi se instalou em Hebrom (I Cr. 11.1-4). Naquele local ele consultou ao Senhor (II Sm. 2.1) ainda que antes disso, ainda no exílio, Davi, depois de ter passado por momentos de fraquezas, voltou-se para Deus, abrindo mão da segurança e satisfação própria (I Sm. 30.6). Em Hebrom Davi fora aclamado rei de Judá (II Sm. 2.4). Mas não sem oposição, pois Abner havia posto Isbolsete como rei sobre boa parte do território israelita. Mas o Senhor já havia planejado que Davi seria o rei de Israel (I Sm. 16.1). Nesse momento, testemunhamos o confronto entre a autoridade humana e a divina, pois o povo desejava que Isbosete e não Davi fosse o rei de Judá. Somente depois de sete anos Davi conseguiu unificar o reino de Israel, sendo, então, aclamado rei a fim de apascentar as ovelhas da casa de Israel (II Sm. 5.1,2). O rei Davi, em conformidade com o designo divino, deveria cuidar do povo, não explorá-lo. Essa é uma lição apropriada para alguns governantes que adentram à vida pública não com ideais de servir a Deus e ao povo, antes buscam enriquecimento ilícito e barganham com vistas aos interesses próprios. Alguns deles, infelizmente, ainda se dizem crentes e dão graças a Deus pelas “bênçãos materiais” que o Senhor os “concedeu”. Seguindo o modelo de Davi, aqueles que são chamados para as funções públicas, precisam primar pela obediência, pois essa é a vontade do Senhor (I Sm. 15.22).
CONCLUSÃO A unificação do reino de Israel, realizada por Deus, através de Davi, possibilitou o desenvolvimento da nação. Isso se tornou possível porque Davi, apesar de suas falhas e limitações, confiou no Senhor e assumiu a posição para a qual fora chamado em obediência. O Salmo 78, nos versículos 70 a 72, resume a postura desse homem diante dessa responsabilidade: “Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos”.
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